segunda-feira, 23 de junho de 2014

Peguei no telemóvel, seleccionei o teu nome e esperei...

"Bip...bip..." - e desliguei. Não te queria ouvir. Passado uns minutos, uma mensagem:

- Agora não posso falar... ligo mais tarde.

(depois de ficar a olhar durante um tempo, não sei ao certo de quanto...)

- Não é nada de importante. Só liguei por ser a única forma de ouvir do outro lado que estás vivo e por ser a única maneira de me aproximar de ti, nem que seja por um simples "bip".

- Hahahahah tão fofa! Estou a trabalhar, por isso não posso atender; anda tudo em ordem, à um mês e meio que não vou ao atelier lolol e agora sem carta é impossível. Sintra margem sul, margem sul sintra. 
E tu meke estás?! Temos de combinar qualquer cena ao fim-de-semana. Espero que estejas bacaninha!!! Beijinho ;)

- Estou bem. Com saudades tuas, ainda não aprendi a viver na tua ausência, que se há-de fazer... um beijinho

...

É como se o tempo, para ti, não tivesse passado. Como se estivéssemos ainda presos em Agosto do ano passado; a última vez que falamos. 
Falas-me de ti com uma facilidade louca, como se fossemos velhos amigos que não se vêem há imenso tempo mas que continuam unidos pelo pensamento (pelo coração, só eu). 
Combinar "qualquer cena ao fim-de-semana"? Não me parece. Não agora que ainda estou tão frágil, tão carente de ti. Seria cometer um suicídio certeiro! 
Estás vivo, é o que me importa. Que diferença faz isso? Toda! Pelo menos sei que o mesmo ar que me beija todos os dias, é o mesmo que respiras; e só isso me adocica ligeiramente a alma. 
São as pequenas coisas que me fazem amar-te; e o amor é isto: verdade! 

 


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